Manejo da Roça Sustentável é tema de dia de campo em São Luís nesta segunda-feira 5a2l6l

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Evento será no Parque Agroecológico do Maracanã  1o5m2m

Nesta segunda (26), será realizado dia de campo “Manejo da Roça Sustentável: soluções para diversificação na agricultura familiar com sustentabilidade”. O evento, que é uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Maranhão (Embrapa Maranhão) e Instituto Formação e Estação Conhecimento da Vale, irá reunir produtores, técnicos e estudantes no Parque Agroecológico Maracanã, em São Luís, das 08h às 12h30.

Na programação, palestra sobre Manejo da Roça Sustentável: consórcio e rotação de culturas como fatores para obtenção de altas produtividades com as culturas alimentares da mandioca, arroz, milho e feijão, a ser ministrada pelo analista Carlos Santiago, da Embrapa Maranhão. Em seguida, haverá dinâmica de grupo para mostrar e explanar sobre a tecnologia.

Na ocasião, também serão abordados o Sisteminha e as Hortas Comunitárias como parcerias, ações sociais e os seus benefícios para o produtor rural. Técnicos da Embrapa Maranhão e do Instituto Formação vão conduzir esse momento. Ao final do evento, representes das instituições parceiras farão suas considerações sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido e seus desdobramentos.

Roça Sustentável – Na mesma área e sem uso de fogo, a Roça Sustentável (CRIAF) diversifica a produção e otimiza a produtividade da mandioca, arroz, milho, feijão e outras culturas. O objetivo é melhorar a produtividade e a renda de agricultores familiares, que correspondem a mais de 80% dos produtores dentro da região do Matopiba. A tecnologia será tema de palestra do analista da Embrapa Maranhão Carlos Santiago na manhã do dia 15, às 9h20, durante III Workshop Agronegócio Sustentável e Inovação Tecnológica na Agricultura Familiar. Também poderá ser observado na Vitrine de Tecnologias da Agrobalsas.

É um conjunto de tecnologias que buscam a diversificação da produção, envolvem as culturas alimentares do arroz, milho, feijão caupi e mandioca, dentre outras, aumentando o leque de produtos do pequeno agricultor com excelentes resultados de produção. Além do consórcio o sistema preconiza a rotação de culturas com uso de “safrinha”, prática que intensifica o uso da terra com sustentabilidade, conservação e manejo adequados do solo.

Os sistemas agrícolas consorciados consistem basicamente em organizar a diversificação produtiva da família em faixas/fileiras, separando as culturas cultivadas de forma que não haja competição entre elas por nutrientes, água, luz e espaço. Essa é a grande lógica do sistema: diversificar com sustentabilidade.

A metodologia preconiza a implantação de URTs – Unidades de Referência Tecnológica em áreas de um hectare nas comunidades selecionadas pelo parceiro local com a participação dos técnicos e produtores das regiões. As URTs funcionam como unidades de construção do conhecimento onde, durante o desenvolvimento das culturas, são readas informações sobre o manejo do consórcio e de cada cultura individualmente, por meio de dias de campo, visitas técnicas, cursos, seminários e na prática de condução dos trabalhos pela comunidade.

O resultado é o aumento em até cinco vezes da produtividade da mandioca e em 50% a produtividade do arroz e do milho. Também reduz a carga de trabalho e o gasto com mão de obra, sobrando mais tempo e dinheiro para a família. O retorno social é mais renda, segurança alimentar, saúde e qualidade de vida da comunidade, contribuindo para o desenvolvimento regional.

A transformação das regiões é uma consequência da melhoria da eficiência de cada agricultor familiar que utiliza a tecnologia. Nas regiões beneficiadas pelas ações, ocorre uma mudança gradual de atitude por parte das autoridades, instituições e produtores. O desenvolvimento regional começa a acontecer via inclusão produtiva de pequenos agricultores familiares que am a vender o seu excedente de produção.

Em termos ambientais, a reconfiguração do “roçado” ao incentivar o consórcio e a rotação de culturas acontece um sinergismo de outros fatores como o incremento na ciclagem de nutrientes, melhor e maior manutenção da biodiversidade, melhora a conservação e a fertilidade do solo e nutrição às plantas, facilita o controle de ervas daninhas, facilita o manejo de pragas e doenças das culturas e diminui a incidência dessas pragas e doenças. Essas práticas agrícolas ainda intensificam a eficiência do uso da terra e ainda recupera áreas degradadas, preservando a biodiversidade, pois evita a prática de derruba e queima e o desmatamento de novas áreas.

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