Estudo analisa uso de plantas no tratamento da Covid-19 e combate informações falsas 5k6a5z

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Pandemia trouxe desafios à comunidade científica 4o6d1e

A farmacêutica e doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos Flávia Maria Mendonça do Amaral desenvolveu o estudo “Atenção básica à saúde, fitoterapia e Covid-19: realidade e expectativa”, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), no qual cita espécies vegetais para tratamento de covid-19. Um dos objetivos desse estudo é diminuir informações erradas sobre a infecção. q3x36

Para alcançar essa meta, a pesquisadora avaliou a segurança dessas plantas, identificando seu potencial para futuros estudos de validação científica e também, para desenvolvimento de bioprodutos. Com isso, vislumbrou contribuir na inserção efetiva da fitoterapia nos serviços de Atenção Primária à Saúde e na redução de eventos adversos, decorrentes do uso irracional dessas plantas no enfrentamento à doença. “O objetivo do nosso projeto foi enfrentar o cenário de notícias falsas sobre tratamentos ou medidas preventivas para a Covid-19. Durante a pandemia, muitas informações equivocadas sobre o uso de plantas começaram a circular”, aponta Flávia Maria do Amaral.

Entre as informações mais disseminadas, estavam notícias sobre o poder curativo de plantas, referidas como alternativas naturais eficazes e seguras no combate ao coronavírus. Mas, o estudo apontou a ineficácia e risco, associados ao uso de várias espécies divulgadas para esta finalidade. A disseminação dessas ideias acabou prejudicando as pessoas que buscavam soluções para tratar a doença e abrindo caminho para uma série de especulações, envolvendo uso de plantas como medicamento”, explica a pesquisadora.

Açafrão, equinácea, eucalipto, velo japonês e noni estavam sendo apontadas, principalmente em redes sociais, como alternativas naturais contra a Covid-19. Na verificação deste cenário, a a pesquisadora se baseou em três vertentes: avaliação dos potenciais terapêuticos das plantas, verificação dos riscos de efeitos adversos e análise das possíveis interações com medicamentos utilizados no tratamento da Covid-19.

“Identificamos que, muitas dessas plantas não tinham potencial imunomodulador, anti-inflamatório ou antiviral. E, portanto, o uso sem orientação, pode ter consequências graves para a saúde das pessoas, devendo ser estimulada as ações de Vigilância em Fitoterapia”, destaca a professora. Foram mais de 50 plantas analisadas e apenas três demonstraram ter alguma eficácia terapêutica relevante contra a doença. Estas espécies estão em fase de patente.

Riscos – Ela alerta sobre a importância em desmistificar a ideia de que, por serem naturais, as plantas não trazem riscos. Em sua avaliação, esse pensamento tem alimentado a automedicação e o uso indiscriminado dessas substâncias, sem a devida orientação científica. Ela também pontuou a necessidade de informar corretamente a população, sobre os riscos do uso descontrolado de substâncias naturais. “Este uso sem orientação pode ter consequências graves para a saúde das pessoas”.

O e da Fapema teve impacto importante no desenvolvimento do estudo, afirma a pesquisadora, auxiliando nas análises, verificações e testes, além de alicerçar a formação de uma base de dados pautada em comprovações científicas.

“A Fapema, além de apoiar o estudo, se preocupa em divulgar as informações corretas e isso contribui para orientarmos a população sobre o que é seguro e eficaz. Portanto, a Fundação é indispensável neste contexto da ciência e da pesquisa, pelo e que assegura em recursos e assessoramento”, enfatizou.

O presidente da Fapema, Nordman Wall, pontuou a relevância do estudo, que tem reflexo na sociedade, na economia e na saúde. Ele também destacou a missão da Fundação em ser parceria na condução de pesquisas que possam contribuir com o avanço da ciência e proteção da saúde pública.

“A Fapema tem se comprometido a apoiar projetos que contribuem com soluções para a sociedade. O estudo da doutora Flávia Amaral é um exemplo de como a pesquisa pode ajudar a combater a desinformação e trazer conhecimento valioso para o enfrentamento de crises, como a pandemia de Covid-19”, frisou.

Próximos os – Com a finalização da etapa inicial da pesquisa, Flavia do Amaral vislumbra resultados que auxiliem no embasamento de futuras investigações científicas, sobre o uso de plantas no tratamento de doenças virais, como a Covid-19, e que sirvam de e para políticas públicas de saúde. Ela destaca que, a pesquisa sobre plantas medicinais precisa ser tratada com seriedade e rigor.

“Sabemos que as plantas podem sim, oferecer benefícios terapêuticos, mas isso só é possível quando o uso é alicerçado na metodologia científica, para a validação da eficácia, segurança e qualidade. Nosso objetivo sempre foi contribuir com a disseminação de conhecimento preciso, na perspectiva real de oferta de espécies vegetais como alternativa e/ou complemento no tratamento de doenças, a exemplo da Covid-19, foco deste estudo”, enfatizou Flavia do Amaral.

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